quarta-feira, 24 de junho de 2009

Se o vento enviasse suspiros


Aquela brisa toca leve o rosto. Ela passa e leva consigo todo vazio. A brisa aconchega e conforta.
O vento no rosto faz sorrir, ele nos remete a alguém. Traz à tona a realidade e leva consigo toda a sanidade.
Suspiros receosos pairam no ar e o vento mensageiro os levam onde quer que seja. O coração registra cada respiração e desacompassa quando pelos olhos transbordam os sentimentos.
O vento é capaz de carregar cada suspiro deslumbrado. Mas com ele foi diferente. Quando esses olhos o captaram, e o coração acelerou o passo, não foi o suspiro que surgiu pois o ar não chegou, o fôlego foi subitamente tirado, e o que restou ao vento foi enviar o vazio. E ele como bom mensageiro, fez a entrega. Quem recebeu sentiu-se incompleto, sentiu falta de algo a mais. Sentiu falta de alguém. Daquele certo alguém.
O vento sorriu satisfeito, a entrega foi eficientemente efetivada.

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