quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Noite afora

Sempre foi a noite que me chamou mais a atenção. Vai ver é a presença da Lua ou simplesmente a ausência do Sol. Quem sabe isso explicasse também a minha atração pelos céus cinzentos de Londres.

Sempre tive essa vontade reprimida de fazer da noite o dia. Me questionei incontáveis vezes porque vivemos nos cozinhando e derretendo abaixo do Sol, penando para trabalhar ou estudar, ao invés de aproveitar-mos pra fazer isso durante o frescor da noite.

Sempre achei mais interessante ir dormir com o Sol nascendo do que acordar com ele deste modo. Pode até parecer estranho, mas donas dessas e outras peculiaridades me afirmo. Bem como admirar animais noturnos como gatos e corujas.

Sempre adorei a noite pela sua fantasia. Não é à toa que os seres mais interessantes que habitam as páginas dos mais interessantes livros são aqueles que tem a noite como cenário. Também não é à toa que Mary Shelley e Bram Stoker sejam os autores que mais respeito.

Não sei ao certo, mas parece que a noite desperta algo em mim. Me dá uma incansável vontade de sair por aí pra viver, descobrir segredos e desvendar mistérios. Secretos e obscuros esses que só a noite tem para oferecer.