segunda-feira, 6 de maio de 2013

Dopamina


O primeiro beijo na chuva a gente nunca esquece. Não que precise ser, de fato, um beijo na chuva. Me refiro àquela pessoa que causa tamanho furor que nos desperta um desejo enorme de fazer loucuras.

Quem nunca sonhou com um amor de verão pra correr pra praia no meio da madrugada. Se jogar no mar sem receio de se despentear. Alguém que nos faça sentir livres do mundo e seguros com um simples abraço.

Aquele amor que nos encara e nos despe a alma. Faz a gente confessar desejos e sonhos que havíamos esquecido e desacreditado há tanto tempo. É a pausa no meio da viagem em uma estrada no meio do nada só pra encarar as estrelas em cima do capô.

É a adrenalina que nosso corpo sente por uma simples mensagem recebida no celular. É paixão desmedida, sem motivo aparente, que nos faz esquecer e questionar todo e qualquer amor que já tivemos na vida.

É a quantidade absurda de dopamina que nosso corpo libera mas que ninguém, por mais que estude ou pesquise, sabe ao certo explicar a razão. Essa tal razão que deixamos de lado e passamos a ser guiados pela emoção que toma conta de toda nossa vida. É quando sentimos muito medo de cair e mesmo assim nos jogamos como se não tivéssemos nada a perder.

É o amor que procuramos por toda vida, e tememos jamais encontrar.

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