terça-feira, 13 de julho de 2010

Pouco a pouco tua.

Sorriu ao ver seu objetivo alcançado. Sim, ele havia sido sutil em todos movimentos até então. A maioria das garotas já estaria de saco cheio de um sujeito como ele, mas ele sabia, e sabia com convicção, que seu jogo a atrairia.

Começou devagar deixando-a determinar um ritmo. Nem lento nem depressa, um ritmo dela. Não se intrometeu na sua vida pessoal, apenas mostrou interesse por seus gostos, por sua essencia. Entendeu a maioria deles e identificou-se com tantos outros.

Não quis dar bandeira. Sua estratégia era exatamente essa: fazer ela acreditar que na verdade tudo aquilo era apenas uma boa amizade crescendo pouco a pouco. E ela acreditou. Ou tentava frequentemente se convencer disso. Bom, o importante é que isso a intrigou. Ponto pra ele.

Tinham tanto em comum. Ambos com um senso de humor refinado, interesses em comum, ideias, gostos, e como pensava ela: ambos estavam pouco a pouco se encantando um com o outro.

Se a perguntassem se estava sentindo algo por ele imediatamente ela perguntava a si mesma e achava que não. Tudo indicava que aquilo era superficial, apenas tinham incontáveis coisas em comum e se davam bem. Nada avassalador. "Não" ela respondia por fim.

Não, não e não. Era um garoto qualquer, apenas um garoto qualquer. Ela não podia estar realmente gostando dele, não, não agora. Pronto, agora ela estava confusa e ele? Ele já havia partido pra outra.

sábado, 12 de junho de 2010

SOLUÇÕES PRA MENINAS PARA O DIA DOS NAMORADOS



Dias dos namorados e você está namorando:

Maravilha, sua maior preocupação é saber com o que presentear seu amado, e esperar secretamente que ele prepare algo tão especial pra você também. Programar o final de semana, tudo com aquele toque romântico. Pode viajar pra serra desgustar um bom vinho em frente a uma lareira nesse friozinho. Ou simplesmente ver um filme abraçadinho em baixo dos cobertores pode ser mega especial.

Dias dos namorados e você está solteira:

Beleza, você é bem resolvida, saiu de um relacionamento que não era legal, ele não era aquilo que você esperava. Vale o ditado "antes só do que mal acompanhado". Ou então você nunca namorou, não vê problema nenhum nisso, nem pressa ou necessidade. Adora uma balada e sair pra farrear com as amigas. Pegar quem quiser, se quiser. Passará a noite numa festa badalada, perfeito.

Dia dos namorados e você está à procura:

TENSO

Será impossível você se divertir numa balada de solteiros sendo que você, na verdade, gostaria de estar num jantar romântico trocando juras de amor eterno com sabe-se Deus lá quem. Ficar em casa? Só se prometer que não vai ficar tentando se distrair vendo TV quando até mesmo os filmes do canal de terror mostram o mocinho e a mocinha lindos e felizes para sempre juntos no final. A solução que tenho pra você amiga? Durma 24 horas. Rivotril 2 mg é batata! Sério, de todas ideias que eu poderia bolar na minha cabeça pensante, essa de longe é a mais indolor e eficaz. Durma que você esquece! Nada melhor que sumir, e pra sumir nada melhor que dormir. O que não vale, é em hipotese alguma é assistir aquele filme deprê, se empanturrar de negrinho de panela se sentindo a pior das fracassadas. FICA DICA! ;) E um feliz dias dos namorados pra todos!

segunda-feira, 8 de março de 2010

Playing God



Às vezes esqueço que todos temos limitações, que principalmente eu tenho limitações. Esqueço que ninguém é perfeito e que nem tudo ocorre do jeito que eu gostaria. Esqueço que não tenho controle sobre o mundo e que nem tudo está sob meu alcance. Limito-me a sonhar.

Sei de verdades, de escolhas e caminhos seguidos feitos de maneira errônea. Melhor que isso, coisas que poderiam ser modificadas. Queria poder abraçar o mundo, ter a solução pra todos os males. Ninguém mais ouviria falar em pobreza, maldade, guerras ou corações partidos. Queria enxugar todas as lágrimas desse mundo que chora.

Apesar de soar idealista e clichê, continuo levando comigo esse sonho de ser Deus. Espio através do muro do vizinho e ao observar constato que possuo a solução pra seus problemas. Pobre de mim criança abestalhada, achando que com a curta experiência de 18 anos teria capacidade de sanar angustias e horrores de um passado ocorrido antes mesmo de eu nascer. Na verdade, pobre não sou eu não. Pobre é ele, pobre de espírito que se fechou em um casulo e se mantém lá por toda sua existência, alega ter muitos problemas e que com eles não pode ser feliz. Mal sabe ele que quando nos libertamos desse casulo nos tornamos borboletas que voam alto e alcançam a felicidade. Bom, mas quem sou eu pra convencê-lo do contrário?

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Mais ou menos

Era só mais uma garota assim... Mais ou menos. Nunca chamou muita atenção. Cabelos e olhos castanhos, estatura média e peso normal. Mais ou menos bela, no meio da multidão era totalmente esquecida, passava despercebida.

Tinha também uma ambição mais ou menos. Estudou toda vida no colégio perto de sua casa e na faculdade cursou administração pra seguir os negócios da família.

Suas amizades eram mais ou menos. A cada ano fazia dupla com uma garota qualquer que de cara percebesse que tinha mais ou menos uma afinidade e juntas faziam algumas tarefas escolares.

Até mesmo seu amor era mais ou menos. Namorava seu amigo de infância porque desde pequenos alimentavam esse afeto um pelo outro. Gostava mais ou menos dele.

O que demorou pra ela entender é que a vida não é feita pra ser mais ou menos vivida. Pra sermos apenas mais um na multidão, temos que ser vistos e comentados, elogiados e até mesmo idolatrados.

Temos que ter um sonho a seguir, um projeto de vida. Procurar crescer em todos sentidos. Traçar um caminho de nossa única e exclusiva vontade, indo atrás de um sonho que não foi sonhado por nossos pais, e sim por nós mesmos.

Fazer amizades pra toda a vida. Amigos pra conhecerem nossos extremos, e pra estarem com nós não apenas como colegas que estudam juntos, mas que crescem, confidenciam experiências e compartilham medos. E vivam, ao nosso lado, pra valer.

O amor não é pra ser regado apenas de afeto. É preciso paixão. Frio na barriga e falta de ar. É preciso ir atrás do que te desperte fortes sentimentos e te faça perder os sentidos.

Sem perceber, aquela garota corria o risco de ser mais ou menos feliz. Vivendo apenas coisas mais ou menos ela corria o risco de viver pra sempre uma vidinha mais ou menos. E sinceramente, assim não vale a pena viver.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Observação

Passei uma noite na observação. Era eu quem estava sendo observada, por razões de saúde. Então passei a noite naquela maca, espetada por aquela agulha recebendo aquele soro com minha medicação. Sim os 40ºC de febre uma hora teriam que ceder.

Mas afinal, o que mais foi observado naquela madrugada? Observei todos que chegavam lá, cada qual com suas razões, alguns enfermos do físico, outros da alma.

Nessa mesma noite, descobri que desconhecidos que moram sozinhos podem levar uma pancada na cabeça na porta de casa e acordar apenas 40 minutos depois na casa do vizinho. E mais, ainda tontos e sozinhos se internam usando o crachá do trabalho no lugar da carteirinha e quando acordam e estão de alta, não querem ir embora.

Descobri que mães se aventuram a pé, no meio da noite, desacompanhadas pela rua, pra uma consulta quando se sentem mal. Tudo pra não precisar acordar os filhos.

Descobri que velhinhas de 90 anos, que chegam lá com uma simples diarréia, tem medo de dormir a noite, não fecham os olhos um segundo sequer, esperam o dia pra fazer isso. Teria ela medo de morrer?

Descobri também, que garotas de 21 anos se revoltam com ex-namorados e com o arroz com galinha que a mãe está cozinhando e tentam suicido tomando uma dúzia de remédios faixa preta.

O mundo está enfermo. O homem solitário prefere, mesmo tendo recebido alta, dormir numa maca. Por mais que em casa uma cama confortável o estivesse esperando, era apenas isso, um objeto inanimado, não teria ninguém ansioso a sua espera.

A mãe super-protegendo os filhos se arrisca pela noite, ignorando os perigos e se expondo aos piores riscos. Arriscando-se principalmente a nunca mais voltar a ver os filhos.

A senhora, inquieta, deveria ser ali a que menos temesse a morte, ora, ela já viveu toda sua vida, viveu tudo que podia viver. Mas a verdade é que todos querem uma oportunidade a mais, um dia que seja, de poder fazer aquilo que até agora se propôs a fazer e não fez. Ou talvez ela apenas enxergue a beleza dessa vida e o quão bom é viver.

Mas há também a jovem, que com toda vida pela frente, família, emprego e juventude, mesmo assim, se sinta incompleta, sozinha, e esteja precisando de atenção.

Definitivamente o mundo está enfermo, mas principalmente, enfermo da alma.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Reavaliação

Passando por cima daquelas antigas ideias. Achei tão velhas as minhas antigas percepções que chegam a ser ultrapassadas. Não é porque tenho minhas opiniões formadas que as torno imutáveis. O tempo pede mudanças. É preciso reavaliar conceitos. Fazer novos planos.

Tenho em mente planos em andamento, deixo alguns inacabados de propósito, talvez porque assim posso retomá-los sempre que sentir falta, e outros porque simplesmtente não consigo obter êxito e finalmente finalizar. Como é claro, tenho a felicidade de terminar alguns.

Meus planos são ideias, são opiniões, são as reflexões que tenho a respeito do que me cerca. Planos pra solucionar as questões, entender ações e decifrar gestos.

No momento, parece que do nada uma súbita luz surgiu em cima da minha mente e me fez enxergar com mais clareza. Devo ter soprado as fumaças de confusão que pairavam em cima dela. O cinza que lá se instalou, muito custará para se extinguir totalmente, mas essa fresta que se abriu, me fez crédula o suficiente pra voltar ao trabalho, colocar a cabeça pra funcionar e ir atrás de respostas, pra novamente, colocar as ideias dentro da minha cabeça de maneira ordenada. Deixá-las imutáveis - por pelo menos até a próxima reavaliação.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Durma bem, quem puder.

Se já não bastasse a invasão feita durante os sonhos que tenho enquanto acordada, você me alcançou enquanto eu dormia, nos sonhos que temos inconscientemente. É pesadelo que chamamos um sonho ruim certo? E os sonhos que nos incomodam e nos fazem acordar atordoadas com um aperto no peito? Tomo a liberdade de classificá-los como pesadelos também.

O pior disso tudo é não ter controle algum sobre esses sonhos ruins. Sonhar acordado é pura falta de vergonha na cara. Totalmente controlável. Agora sonhar durante a noite, ser pego de surpresa enquanto estamos descansando é total golpe baixo. É jogo sujo, apelação.

Pra esse tipo de invasão eu tenho um nome: Carma. É nisso que aquele sonho me fez pensar. Em algo que não consigo me livrar, nem quando não estou pensando ou enquanto não estou vendo, sentindo. Mas se for preciso correr pra me ver livre disso, eu vou correr, me esconder. E se depois de tudo nem sessões de descarrego ou hipnose forem eficazes, não me acanho em apelar pra iemanjá ou magia negra. Uma coisa é se permitir ter o consciente atormentado, outra é brincar com minhas noites de sono.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

DOIS MIL E DEZ



Adeus ano velho, feliz ano novo! lará-lará-lá-lá!
Eito coisa boa mais uma fase pra trás. Mais um ciclo finalizado. E o melhor estou carregando dele as melhores lembranças. Meus 4 anos de Liberato foram incríveis. Nossa, legal seria poder comparar a Ariadne do 1º ano, a bixete com apenas 14 anos que entrou lá, bem pouco assustada e empolgada confesso, mas totalmente certa de que seria um novo começo. Agora a Ariadne pós 4º ano, pós Liberato, com 18 anos sorri satisfeita vendo como isso tudo acabou, e da maneira que as lembranças vão ficar guardadas. Todas muito especiais.

Até agora minha vida parecia se resumir a Química e a escola, e as amizades, e as festas, e os desafios, e as viagens, e as experiências, e etc. E com grande alívio, eu que não sou uma pessoa muito afeita a mudanças radicais, percebo que pouca coisa mudará, ou tento me convencer disso. O Curso Técnico passa a ser uma Engenharia Química, a escola vira faculdade, começo a estagiar e ganhar um dimdim. Viu só? Nada que possa assustar a Ariadne de 18 anos.

E cá estou eu novamente bem pouco empolgada e bem pouco assustada começando uma nova fase. Fase esta que se inicia em 2010 e timidamente torço pra que não se finalize em 2012 (haha), mas também que espero que seja tão boa quanto essa fase que finalizei em 2009. São mudanças e mais mudanças, chocantes ou não, a única coisa que desejo verdadeiramente é que meus preciosos tesouros que me acompanharam e que compartilharam comigo as alegrias e tristezas até agora permaneçam comigo. Sei que pelo caminho encontrarei mais preciosidades, mas também sei que aquelas que eu selecionei para estarem na minha coleção de preferidas, não precisam ser necessariamente as mais brilhosas, mas aquelas eu guardarei à sete chaves, se não for possível levá-las sempre comigo, espero poder vê-las vez ou outra, senão, as levarei pra sempre em forma de boas memórias que ao pensar trarão um sorriso aos meus lábios e lágrimas aos olhos. Só tenho a agradecer por 2009 ter sido iluminado e abençoado. E em 2010 eu só quero mais.