quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Tenha fé na vida!


Hoje tô aqui pra falar da vida. De nascer, de viver e morrer. Sim, pois a morte é vida também, é fim do ciclo, mas parte da vida. Todo mundo sabe que uma vida interrompida no meio causa inconformismo, causa revolta e muita muita dor. Às vezes nem perdemos a vida, perdemos apenas a fé. Fraquejamos diante de uma quase morte, mas o que seria a quase morte quando todos nós na verdade quase vivemos? Eu proponho encararmos a quase morte pra depois disso passarmos a viver. Completamente. Para que passado isso tenhamos fé, fé absoluta de que estamos aqui pra "viver tudo que há pra viver" como diria Lulu Santos.

Vida é planta que rompe o asfalto e cresce imponente diante da urbanização. Vida é o grito de alegria quando alcançamos o almejado. Vida é o nascer do sol na praia. Vida é o novo dia, vida é o recomeço. Vida é a garota que sonha se curar de uma doença grave porque tem sede de viver enquanto outras tiram a própria vida com amargura. Vida é a chance que a vida nos dá de tentar de novo. É a segunda, quinta ou trigésima chance! Vida é hoje, é agora. Vida estamos vivendo agora antes de irmos embora.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Love is battlefield!


Assim que ele sorriu e disse "gostaria de ter a mesma coragem que tenho bêbado quando estou sóbrio só pra poder vir até aqui falar contigo, sem que tu me ache um idiota qualquer" eu soube que talvez as pessoas só estejam com muito medo de se machucar.

Pensei também que é muito estúpido uma pessoa legal ter que criar coragem para atravessar um aglomerado de gente, ao invés de, simplesmente vir com naturalidade conhecer alguém. As pessoas estão tão fechadas que para ter acesso a elas é como ultrapassar um campo de batalha. E convenhamos, se alguém o atravessa pra chegar até você é porque acredita que vale o risco!

Eu disse a ele que não me importava com a quantidade de álcool que ele havia ingerido e me dei conta de que estava diante de um daqueles sujeitos bagunçados e sinceros com quem adoro conversar. Assim como eu, ele tinha a destreza de saber apontar o pior em si mesmo, deixando claro que era o tipo de cara que só liga pra quem o aceita com todos seus defeitos. Ele era tão desastrado e tão sem conserto que eu só conseguia pensar no quanto adoro um caso perdido.

Somente quando ele já estava indo embora com um ar lunático, dizendo que havia sido um tremendo prazer encontrar alguém nesse mundo que ainda tem sentimentos, que eu percebi a tremenda bagunça que eu havia feito ao fazer ele acreditar que eu era boa coisa, quando ele interpretou a maneira que eu exalo sinceridade, como verdade perpétua das coisas que disse sobre minha personalidade contraditória.

Mas então, no segundo seguinte, quando ele virou as costas, eu sorri pensando que pelo menos na próxima vez que ele for se aproximar de alguém, carregando a ilusão de encontrar outra pessoa tão aberta quanto eu, ele vai ter menos receio e mais chances de encontrar alguém menos perturbado do que nós dois somos, ou dizemos ser.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Para as Inhas


Demorei pra aceitar que certas pessoas simplesmente invejam. Pois é, diferente de se espelhar em algo melhor e tentar melhorar, tem gente que simplesmente não suporta ver o quanto somos melhores que elas e passam a tentar sabotar nossas vidas. Mas quer saber? Sou tempestade! Sou furacão, tornado, e você tentar fazer qualquer coisa pra me abalar é como a chuva mergulhar no mar, inútil.

Vai soar arrogante, porque é: eu sou muito mais legal que você Inha! Sim, sou mais divertida, mais inteligente, mais adulta e até mesmo mais bonita. Sim, essa é a mais pura verdade. E eu sei que você também sabe disso, por isso é tão insegura! E por isso chora, treme de medo e corre pro colinho de mamãe porque sabe que não tem como competir com alguém como eu.

Quer um conselho Inha? Aceita tuas limitações, e me esquece. Tu nunca vai conseguir ser como eu. Não se aprende a ser sarcástica, não se aprende a ser segura, não se aprende a ser o centro das atenções, e muito menos se aprende a ser insuportavelmente superior como eu. A gente nasce assim sabe? Então se conforma, pega tuas amigas, vai pra balada, dance, beba, farreie e pegue os caras que vocês curtem e mereçam. Mas faz isso por ti, não faz isso tentando mostrar o quanto você fracassa tentando me imitar.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Meu?


Desatino quando você para naqueles segundos que duram uma eternidade e me puxa pra perto, de um jeito que é só seu. Mal dá tempo, mas eu pondero se devemos novamente quebrar a barreira já não mais tão consolidada que separa nossa amizade do nosso desejo de estar mais perto. Então eu cedo. E já inalando tua essência, presa a ti, me sinto uma boba por sequer ter pensado em te rejeitar, em negar pra mim mesma que a forma que me sinto quando aferrada a ti me faz um bem danado. Faz eu me sentir em casa nesse mundo conturbado e feioso, onde reprimimos sentimentos e os vulgarizamos sem nem sequer sentirmos remorso.

Não vou dizer que é amor, porque amor me lembra sempre coração partido e um fim trágico que foi regado por falsas promessas. Prefiro dizer que sinto a nossa amizade de uma forma desmedida. Sem barreiras ou receios. Colorida, como gostam de chamar por aí, mas colorida somente com as cores mais belas e vibrantes, com as nuances que representam essa bonita troca de emoções que compartilhamos.

O que importa é que estar com você faz eu me sentir plena. Faz eu ter orgulho de ser como sou, pois sei que euzinha te conquistei dessa forma totalmente torta e incomum. Não dá pra rotular o que vivemos sem acabar desmerecendo isso. O que vivemos, temos ou somos é mais porque é de verdade. É mais porque não cabe em molde algum. É mais simplesmente porque não tentamos nunca ser quem não somos. Não dá pra definir o que é mutável e crescente sem impedir o avanço. Não te chamo hoje de meu amor, porque amor é dor, e meu, meu mesmo, talvez jamais admitiremos que você seja.

domingo, 27 de novembro de 2011

A vida é um verdadeiro perde e ganha!


De tão acostumada que eu estava em perder, não fazia ideia de como era ganhar. Esperneei pra admitir mas eu estava com seu coração nas mãos sem saber o que fazer com ele. Nas ultimas vezes que me apaixonei eu desejei com todo meu coração que desse certo, mas cada vez que chegava perto eu perdia. Com minha mania autodestrutiva de acabar com tudo antes mesmo que comece, antes que se torne vital. Dou sempre um jeito de estragar tudo, e botar tudo a perder.

A última vez eu quis tanto que desse certo que cheguei a acreditar que fosse realmente dar. Mas eu perdi de novo. Perdi jogando, perdi lutando, perdi sem ao menos tentar nos subornar, e doeu. Me abalei pra caramba, demorei pra superar a perda. Mas daí veio você querendo me consertar sem nem ao menos saber qual era o meu defeito. Quis me ganhar sem joguinhos. Quis me ganhar porque me queria de verdade! Mas de tão acostumada que eu estava em perder, eu simplesmente duvidava.

É normal perder certas coisas, mas caramba! É normal a gente achar também! E eu achei, eu ganhei. Pela primeira vez na vida por mais que eu tentasse cometer um erro você vinha e fazia a coisa certa por mim, sem nem se esforçar. E eu, as poucos, fui cansando de duvidar. Me convenci que eu podia ganhar sim, que eu merecia ganhar. Vez ou outra eu armo uma armadilha pra nós, só pra questionar tudo de novo, porque sou incrédula. Mas como sempre você não está disposto a nos perder.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

A year without rain


Então aquela foi a nossa despedida. Se eu antes soubesse que aqueles seriam nossos últimos momentos juntos. Maldita despedida desavisada! Se ao menos eu soubesse que depois disso fossemos nos separar pra sempre, que depois disso você fosse me deixar pra trás. Certamente eu jamais teria entrado no seu carro naquela noite chuvosa.

Quem sabe eu não tivesse sido tão sincera quanto fui, mesmo você não acreditando em nenhuma palavra do que eu disse. Eu não me importei com o que estava dando certo ou errado, ou se o mundo estava desabando lá fora, eu estava ali 100% verdade como jamais estive antes.

E agora antecipando sua partida você disse que nossos sentimentos estavam atropelando o tempo, e o nosso tempo estava se esgotando. Deixando como certeza apenas o nunca mais.

Enquanto você usava a desculpa de que daria tudo errado no futuro eu só conseguia pensar no quanto o futuro é incerto e no quanto vale mais a pena viver intensamente o presente e deixar o futuro pra depois. Mas você insistiu em datar aquela noite chuvosa como nossa despedida.

Pra falar bem a verdade, mesmo se eu soubesse, eu teria sim entrado naquele carro. Só pra não carregar a culpa de não ter feito tudo que podia, tudo que tive vontade, até o fim. Talvez a única coisa que eu faria diferente seria permanecer mais tempo ponderando se eu iria te beijar mais uma vez - pela última vez - até perder o fôlego ou se iria logo encarar a chuva torrencial que caia lá fora e me obrigar a virar as costas pra você pra sempre. Ou simplesmente dizer que estava com medo de sair por aquela porta e nunca mais sentir, na minha vida inteira, do jeito que eu me sinto quando estou com você.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Como se ele soubesse


Eu gostei dele exatamente porque ele não me ligou, aliás, ele nem ao menos pediu meu número. Como se ele soubesse que me sinto sufocada com facilidade. Ele não esperava nada de mim e nem eu nada dele, e nenhum de nós esperava tudo que veio a seguir. Como se ele soubesse que eu prefiro o inesperado. Eu gostei dele porque ele é um mentiroso deslavado, e porque eu sempre sei quando ele mente. Ele jamais me iludiu ou fez promessas. Como se ele soubesse que eu detesto levar as coisas à sério demais. Eu só gosto dele porque ele jamais ultrapassa certos limites de envolvimento, exceto comigo. Exatamente como eu, exceto com ele. Como se ele soubesse que eu tenho problemas com intimidade. Eu gostei dele porque ele me ignorou por dias, pra só depois que eu estivesse deixando ele de lado, voltar com o sorriso mais lindo do mundo falando alguma coisa que tirou de mim, sem esforço algum, uma gargalhada verdadeira. Como se soubesse que eu fico doida quando não estão nem aí pra mim. Eu apenas gostei dele por sua insegurança e pelo prazer de deixar ele mais exposto, só pra poder rir por dentro, pois na verdade sempre o achei absurdamente lindo. Como se soubesse que mostrar sem querer uma fraqueza faria eu me sentir sua confidente. Só gostei dele porque ele tem essa mania de ser insuportavelmente carinhoso e manhoso quando quer quebrar essa barreira que construo ao meu redor pra não parecer tão vulnerável. Ele fez isso tantas vezes e sem nem ao menos se assustar com minha frieza como se soubesse que eu preciso ser absurdamente desejada pra então conseguir desejar. Eu gostei dele exatamente por me querer do jeito que eu sou, e ser do jeito que ele é. Como se soubesse que eu gosto que as coisas pareçam destino. Eu gostei dele por não se importar com as nossas idas e vindas. Como se soubesse que assim ele me teria presa a ele pra sempre.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

"tua pele, tua luz, tua juba..."


Ele era o típico garoto que achava que era o máximo. Chegava onde quer que fosse sempre com pose de galã e sorria com uma confiança avassaladora. Os quietos e misteriosos tem o seu valor, mas as vezes achar uma pessoa tão parecida comigo me desperta uma vontade louca de fazer esse leãozinho descer do trono entende? Convidá-lo pra um duelo de egos quem sabe. Só sei que esse é o pior tipo, eles acham que tem o mundo nas mãos. Ele não era diferente, achava que podia conquistar qualquer garota e ainda assim esnobar muitas outras. Mas não brinca comigo não leão, não se faz de bonzão inatingível pra mim senão eu vou ficar louca pra te ter me querendo.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Foi sempre amor

"Isso aqui não faz sentido nenhum."
"O que não faz sentido?"
"Isso. Nós dois... Tu nunca vai poder me dar o que eu preciso."
"O que tu precisa?"
"De alguém que me ame."
"Isso pode ser verdade. Eu nunca amei ninguém, nunca me apaixonei. Tu sabe disso."
"É, mas no fundo eu esperava que tu pudesse acabar me amando, sem querer sabe? Que um dia tu percebesse que a gente combina apesar de tudo. Que talvez um dia quando sentisse saudade minha tu fosse notar que pensa em mim mais do que nas outras. Mas sempre tem as outras."
"Ah, mas tu sabe que eu não sou de me amarrar."
"Pior que sei, por isso disse que isso não faz sentido, nunca fez e provavelmente nunca fará."
"..."
"O dia que alguma guria te conquistar de verdade eu vou ficar encucada sabia? Tentando saber o que ela tem... Sabe, de diferente de todas as outras, de especial. Algo que eu também não tenho."
"SE isso algum dia acontecer."
"Ninguém tá livre de se apaixonar. Até tu um dia vai cair nessa. Teu coração não pode ser de pedra."
"É, pode ser... Mas..."
"O que?"
"Nada, só pensei... Deixa."
"Nossa primeira conversa franca e tu vai omitir coisas que tu quer dizer?"
"Só ia dizer que eu penso mais em ti do que nas outras. E eu não enjoei de ti ainda - e a gente se conhece há bastante tempo-, não achei nenhum daqueles defeitos óbvios que, de cara, enxergo nas gurias que eu fico. E é por isso que somos amigos também, a gente se entende."
"Mas somos só amigos que se beijam."
"Eu gosto dos nossos beijos. E de tudo que a gente faz juntos. Quem sabe talvez a gente pudesse tentar sabe... Se apaixonar."
"Isso não é uma coisa que se tenta. Simplesmente acontece."
"É, eu sei, mas talvez eu não saiba direito como isso funciona. Talvez eu nunca tenha tido alguém que estivesse apaixonada por mim sabe? Se tu quiser tentar me amar um pouco, talvez eu possa te amar um pouco também."
"Eu já gosto tanto tanto de ti, mesmo sem tentar. Só que eu não consigo me deixar te amar inteiramente, não consigo me entregar pra esse sentimento sem saber que vai valer a pena."
"Isso é novo pra mim, essa coisa de amar. Mas eu tô disposto a arriscar se tu também estiver."
"Eu queria poder dizer que sim."
"Então diz! Me dá a chance de tentar te dar tudo que tu precisa. Eu sei que parece loucura mas as coisas não precisam fazer sentido sempre. Ninguém nunca entendeu o que acontece entre a gente, e mesmo assim sempre deu certo. Talvez esse tempo todo, as pessoas estivessem simplesmente esperando a gente dar esse próximo passo."
"..."
"Eu aposto que te convenço com um beijo. Vem cá."
"Por um beijo teu eu aceito até pedido de casamento."
"Então vem cá."

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

DANE-SE!


Dane-se mais uma vez o que pensam de mim, eu vou sair sim por aí sem nenhuma vergonha na cara e muita vontade de viver. Vou querer sentir o vento no rosto porque é assim que me sinto viva. Vou dar prioridade máxima na minha vida pros meus amigos porque sei que no fim são eles que vão estar comigo pro que der e vier.

Danem-se mais uma vez as promessas de melhora que fiz pro meu travesseiro, eu não vou amadurecer em 24 horas o que demanda de todo mundo alguns anos. Não vou me calar diante da contradição se gosto de tudo desmascarado. Vou atrás do que acredito ser o melhor pra mim, por mais que isso não seja. Vou acreditar em mim.

Danem-se as aparências. Vou descer do salto, vou perder a pose, vou gritar e cantar minha canção favorita. Vou me acabar na pista. Vou beber mais do que posso e falar verdades merecidas, vou mandar mensagens e fazer ligações pra quem eu não devia.

Dane-se mais uma vez a razão absurda que me sufoca. Eu quero não estar nem aí por não mensurar minha entrega e sentimentos. Não vou mais contrariar a mim mesma. Vou dizer sim pro novo, pra descoberta. Vou me fazer destemida e encarar meus medos.

Dane-se tudo porque no final, quem vai encarar meu reflexo no espelho e ponderar se tudo valeu a pena, sou eu. Quero me orgulhar de ter vivido uma vida inteiramente minha. Dane-se!

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Mas não agora


Se é pra ser, que seja qualquer dia desses. Não precisa ser agora não, dá um tempo pra minha confusão se esvair um pouco tá? Se for pra ser mesmo, vem quando eu não estiver mais nos questionando, mas daí, vem pra ficar de verdade.

Perdoe minha indecisão, mas já te quis demais pra não te ter no momento seguinte. Espera pra querer quando eu conseguir te querer de novo. Pra valer. Não volta atrás se dessa vez não for me impedir de ir embora, se não for pra segurar minha mão na despedida.

Espera eu me cansar do mundo, achar tudo besta, desistir de te procurar em outros. Deixa que eu não suporte mais a saudade da sua presença. Deixa... Espera...

Vem quando eu puder conversar por horas sem me cansar da tua voz. Quando eu estiver novamente enfrentando a indecisão de saber se gosto mais de seus olhos ou de seu sorriso. Vem quando eu não conseguir mais estar do seu lado sem ter as mãos encostando em você.

Uma hora meu orgulho se entrega, eu teimosa me canso! Uma hora eu surto. Uma hora eu canso de negar que te quero agora já, que ninguém vai conseguir tomar seu lugar.

Se algum dia for ser real, vem quando eu não mais suportar ouvir essas besteiras que contam por aí e sei que você também acha besteira. Vem pra gente falar mal do mundo juntos, vem cheio de saudade, de vontade. Vem pra gente finalmente parar de negar que nossos destinos se cruzam a cada esquina. Vem! Mas ainda não.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Song #4

Eu só aceito a condição de ter você só pra mim
Eu sei, não é assim, mas deixa
Eu só aceito a condição de ter você só pra mim
Eu sei, não é assim, mas deixa eu fingir e rir

de Los Hermanos, "Sentimental".

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Ela

Eu a observei de longe, estava sentada e aparentemente dispersa. Estávamos numa festa agitada, com música alta e bastante movimentação. Ela ficou por lá durante vários minutos, não sei ao certo onde seus olhos estavam fixados, mas sei que os meus não saiam dela nem por um segundo sequer. De alguma forma ela me parecia familiar, talvez fosse alguma coisa em seus olhos. Me aproximei sorrateiro pensando numa maneira de abordá-la, porém não devo ter pensado o suficiente pois, de cara, ela me rejeitou. Tola. Mal sabia ela que estava se tornando a minha distração da noite, sou um cara movido à desafios.

Devo ter vacilado nos momentos em que ela sorria pra mim daquela forma tão meiga e relutante, contudo segui minha linha de raciocínio que, com sorte, conseguiria arrancar dela pelo menos mais alguns minutos de conversa. E eu consegui. Ela foi cedendo, e cada vez mais me encantando, me ganhando e me deslumbrando de uma forma que me fazia pensar que talvez eu jamais fosse conseguir qualquer coisa dela. Mantive o foco, apresentei um bom papo, descobrimos tudo que tínhamos em comum e antes mesmo que ela pudesse se dar conta já estávamos tão próximos que eu poderia até mesmo contar os cílios dos olhos dela apesar da pouca luz. Tento um beijo, ela se nega. Dois, e ela faz charminho. Três, e eu sabia que estava perto. Quatro, e olhares trocados cúmplices. Cinco, e nenhum espaço restou entre nossos lábios.

A beijei calmo, ok, talvez algumas vezes um pouco sedento, mas com certeza com gosto, e ela me correspondeu. Foi um beijo conquistado e merecido, certamente um beijo inesquecível. Não éramos nada além de meros desconhecidos um para o outro, porém no segundo seguinte, quando sorrimos de testas coladas, naquele instante eu soube que esse beijo seria apenas o começo!

domingo, 2 de outubro de 2011

yoü & I

E como eu previ você voltou e você provou - mais uma vez - que você nunca fica. Talvez eu sempre acredite que vai ser diferente na próxima vez por mais que eu prometa que não terá nenhuma outra próxima vez. O pior disso tudo é saber que somos tão... "Nós", de uma forma totalmente nossa, tão natural, simples e clara. Apenas somos, e naqueles momentos isso é tudo. Mas como diria a querida Tati Bernardi "Eu nunca vou entender porque você é exatamente o que eu quero, eu sou exatamente o que você quer, mas as nossas exatidões não funcionam numa conta de mais...".
Que fique claro que só te quis de novo pra remendar meu ego ferido que ficou dilacerado na última vez que você não ficou. E agora você mexeu com ele de novo, e enquanto eu for imatura ficaremos nesse ciclo vicioso. Me escabelo por saber que não aprendi a colocar ponto final, e que só sei fazer confusão, e que sinto uma enorme raiva sua que nem é sua, é nossa. Mas jogo toda essa culpa na minha imaturidade e mania de tempestade em copo d'água e tento me despreocupar. Me escabelo na desculpa de que tenho só 20 anos e só tenho toda vida pela frente e só tenho milhares de vontades pra saciar e no momento uma delas é matar essa maldita Tati que escreveu tudo aquilo que eu queria dizer de uma forma tão pontual que me deixa embasbacada pensando que talvez eu não seja a pessoa mais confusa do mundo, e ao mesmo tempo triste porque talvez a confusão que "nós" vivemos não seja tão especial assim.
"(...)Mas aí, daqui uns dias... Você vai me ligar. Querendo tomar aquele café de sempre, querendo me esconder como sempre, querendo me amar só enquanto você pode vulgarizar esse amor. Me querendo no escuro. E eu vou topar. Não porque seja uma idiota, não me dê valor ou não tenha nada melhor pra fazer. Apenas porque você me lembra o mistério da vida. Simplesmente porque é assim que a gente faz com a nossa própria existência: não entendemos nada, mas continuamos insistindo."

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Tarde de Sol

Só queria parar no tempo se fosse pra ficar presa pra sempre no teu abraço, naquela tarde ensolarada, vendo nossos lábios vacilarem entre beijos e sorrisos sem qualquer pressa. Estar presa novamente naquele silêncio apenas quebrado pelas palavras que nossos olhares, sempre misteriosos, trocavam deixando escapar significados diversos pra tamanho sentimento.

Então não me venha com nada que possa apagar o que tivemos de tão bonito, qualquer coisa que for menos do que vivemos naquela tarde não me serve. E não venha se fazer de desentendido que eu já decorei todas suas expressões e saídas.

Se sou louca é porque nessa altura já não dá mais pra ser lúcida. Se te encaro com demasiada intensidade é porque já me afoguei nos teus olhos tão profundamente que não sei mais se consigo retornar à superfície. Não se engane pensando que tenho algum controle sobre mim, não pense que eu gostaria de gostar de você dessa forma tão louca e sem explicação. Se te cerco é porque sei que posso te perder, que você pode fugir. Mas se vai fugir, foge comigo de volta praquela tarde ensolarada!

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Verão em agosto




Lembrou-me tanto o verão que nem pude sentir frio mesmo sendo a madrugada mais fria do ano. Era como se nada tivesse mudado, era como se tudo fosse como era antes, mas eu sabia que apesar de tudo, tínhamos agora um amontuado de acontecimentos que de alguma forma nos mostrava que não era mais verão, não era a época em que tínhamos chegado o mais próximo de nos dar uma chance. Mas era recente o suficiente pra eu saber que não superei o seu sorriso, muito menos o seu jeito manhoso e mimado que me faz querer correr até você e te dar todo colo, carinho e atenção que por mais que você quisesse eu nunca consegui te dar.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Song #3

Se eu voltar no tempo e sentir,
tudo aquilo o que vivi,
o hoje você fez ficar assim.
Já é tarde pra mudar,
o que passou deixa para lá.
O erro foi talvez eu me perder
no seu sorriso outra vez.

de Bruna Rocha, "Outra vez".

domingo, 5 de junho de 2011

Song #2

O meu desafio é andar sozinho
Esperar no tempo os nossos destinos
Não olhar pra trás, esperar a paz
O que me traz
A ausência do seu olhar

de Leandro Léo, "João de Barro".

sexta-feira, 3 de junho de 2011

VOCÊ

Eu sempre estive certa sobre mim mesma, sobre os outros, sobre todas as coisas e sobre você.
Mistério é o que enxergo nos seus olhos. Daqueles que precisam ser desvendados. Mas aquele que vai ser revelado aos poucos, depois de bastante trabalho e dedicação.
Uma interrogação é o que você é pra mim. Há brincadeira e frieza nas suas palavras, mas há calor e verdade nos seus gestos.
Inquieta é como eu fico quando estou com você. Você me desarma, e eu não sei jogar sem minhas armas. Então você vence. E parece que tudo isso foi calculado. Que meus atos foram previstos e que você sabe muito bem o que está fazendo. Afinal, alguém tem que saber, pois há muito tempo eu já não sei. Confesso que um dia eu pensei saber. Mas de alguma forma você não era tão simples quanto eu esperava, e lentamente você virou o jogo. Me surpreendendo a cada atitude.
Você poderia ter sido apenas mais um. Tão interessante no início, mas que depois de entrar no meu joguinho perderia a graça, seria mais um. E eu? Eu agora vejo que secretamente procurava alguém que conseguisse me vencer, me intrigar e dominar. Alguém que não seguisse as minhas regras. Que não corresse atrás de mim sempre que eu quisesse, e nem que se mostrasse de cara interessado. Alguém exatamente assim como você.
Com você foi tudo diferente. Início, meio e fim. Tivemos um fim? Eu nem ao menos sei. Estou confusa. Você me desorientou e eu estou perdida. Você me fez não estar certa de mim mesma. Você me fez não estar certa sobre muitas coisas. E porisso o adoro...
Sim, eu poderia simplesmente dizer que te adoro. Sim, eu te adoro por tantos motivos...
Você mudou o meu mundo. Virou tudo de ponta cabeça.
Você me fez questionar, me enlouqueceu e fugiu de todos os padrões.
Você não seguiu minhas regras, ditou as suas próprias e tocou sua própria música, enquanto eu dancei no ritmo dela.
Você fez eu me sentir insegura, despreparada e entregue.
Você me confundiu...
É, realmente te adoro por tudo de novo que você fez surgir em mim, por tudo que descobri e por tudo que você me fez sentir. Pensando nisso, acho até que mais do que adorar, eu amo você.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

(U)

Se, e quando eu finalmente seguir em frente, você voltar atrás, eu vou amaldiçoar você com todas palavras e xingamentos que eu for capaz de vociferar, mas no fundo estarei satisfeita pois isto além de acalmar meu coração, serviria de alimento para meu ego. Entretanto, no segundo seguinte eu iria chorar e espernear de todas maneiras estúpidas e imaturas que eu fosse capaz, pra só então admitir que quero você de volta tanto quanto quero o novo amor. Mas apenas no momento em que estivesse novamente em teus braços eu teria a certeza de que não quero nunca mais tentar te substituir, quero que, a partir de agora, sempre seja você.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

EU E O MUNDO




E se este giro incansável que embala nossa vida nada mais for do que esta rotação planetária ao redor do astro rei? E se desse mundo eu não for nada além de poeira das estrelas? Um grão de areia ou uma gota d'água? Esse mundão pulsa em sincronia com a dança da galáxia abasbacando os menores flagelos que nada parecem representar.

Me pergunto incansávelmente se faço parte desse mundo, ou se insignifico. Seria eu parte da pulsação de Gaia, pequena parte, mas ainda assim vital? Nada sou perante ao todo, mas sei que o todo não existiria sem a mim, sem a nós todos. O todo junto representa o mundo. As mãos dadas criam a corrente. Água, terra, fogo, ar e espírito. Elementos se fundem com almas. Vida somos nós, vida sou eu e o mundo.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Realista

Só precisava de uma oportunidade para desabafo. Chorar litros de lágrimas não faz passar a sensação de sufoco e falar só faz lembrar. Sei que prometi a mim mesma não pensar mais em nada disso. Prometi que iria apagar tudo de tudo. Bela contradição já que sempre digo que não prometo aquilo que não posso cumprir. Minha razão manda ligar o "foda-se" e ir ser feliz, mas nessas horas até a pessoa mais sensata do mundo precisa de um tempo pra curtir a melancolia.

Cada decisão que tomamos, cada escolha feita, acaba deixando alguma opção pra trás. Se optamos seguir pela direita, deixamos de seguir pela esquerda, ou de até mesmo ficar onde estávamos, estáticos. E eu fiz minha escolha. No começo não fui nem por um lado nem pelo outro, andei entre os dois caminhos, mas sem perceber me peguei tendendo a uma só direção, e isso me pareceu correto. De alguma forma fez sentido seguir apenas por aquele caminho, seguir com vontade, pela minha própria vontade.

Acordei agora, tentando voltar atrás, trocar de caminho, ou nem isso, voltar a caminhar entre os dois, sem me definir. Tarde demais. Uma vez que ouvimos o coração, ele acaba dominando e tomando conta. Cabe a nós dar voz à razão pra colocar as coisas em ordem novamente. Leva tempo eu sei, mas quero pra ontem. Não vou ser hipócrita e dizer que quero voltar tudo, pegar definitivamente outro caminho. Não, isso não é verdade, queria não ter que sair desse, pra ser bem sincera, mas é preciso. É o correto.

Que piada! A quem eu estou querendo enganar? Nunca fui de desistir assim de nada por medo. Vou ter medo de que agora? De me magoar? Convenhamos, não sou do tipo que cai e fica no chão ponderando sobre o que aprendeu, se faço isso faço de pé já, arquitetando a maneira mais precisa pra dar o próximo passo. De que adiantaria ter uma personalidade forte se não vou impor minhas ideias? Posso ser muitas coisas, mas nunca fui irrealista. Até porque fazer o que parece correto, nem sempre é o certo. Pelo menos não pra mim.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Conversa franca

Talvez eu seja mesmo precipitada e que a hora certa teria sido amanhã ou depois. Mas eu não podia mais esperar. Parti pro tudo ou nada e você me olhou como se eu estivesse louca. Certo, em algum ponto concordamos, eu estava mesmo louca. Louca pra saber o que viria a seguir, ou como você iria reagir. Louca pra me livrar da sensação de não ter me exposto por completo, louca pra deixar de ser insegura, louca pra arriscar.

Sei que posso ter pego você de surpresa, surpreendido com palavras tão sinceras. Eu que costumo ser sempre tão honesta, nunca havia sido o suficiente com você. Deixamos sempre nossa relação subentendida. Acreditei com veemência que toda vez que eu dissesse "não" você percebesse que eu no fundo queria mesmo era dizer que "sim". Uma tola, eu sei. Sei sim, sei tudo que faço, e sabia que havia chegado a hora pra mim, que essa incerteza estava me matando. Foi quando decidi que era o momento de me expor. Afinal, quem nada tem, nada tem a perder. Esperar a hora certa estava fora de cogitação, se fosse pra ser, que fosse logo, que fosse agora.

Ensaiei meu tom de voz mais calmo, escolhi as palavras mais diretas, olhei nos seus olhos com o olhar mais sincero que já fui capaz de direcionar à alguém e simplesmente falei. TUDO. Foram os minutos mais longos da minha vida aqueles em que você me ouvia falar, em silêncio, depositando em mim uma quantidade de atenção que chegava a me intimidar. Então você coçou a cabeça, visivelmente nervoso e disse que eu era louca. Rebati pedindo pra que me dissesse algo que eu já não soubesse, ou que nada dissesse. Mas você finalizou com um "preciso pensar" e eu com um sorriso aliviado. Sim, foi um alívio o que senti. Alívio pois poderia finalmente dormir em paz. Eu detesto viver de dúvidas, prefiro muito mais as certezas, por vezes doloridas, mas principalmente a certeza de ter feito tudo que podia. Não sei na verdade se obterei uma resposta, na verdade, eu não o fiz pergunta alguma, só quis que você soubesse.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Song #1

Vou pontuar
Nosso destino como um louco
Não deverá
Ser perfeito
E nem tão pouco
Me acorrentar
Me empedindo de fugir
Ainda que solto
Não conseguir sair

de Diego Vivas, "Acorrentados" perfeito na voz de Leandro Léo.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

CURSE



Tenho um dom, um problema ou uma benção, não sei dizer ao certo, interpretem como quiserem. Eu costumo dizer que odeio estar certa. Isso soa até arrogante da minha parte porque quem me conhece sabe que sempre teimo estar com a razão e defendo meu ponto de vista até a morte. Acontece que eu percebo as coisas um pouquinho antes que as outras pessoas, principalmente se é sobre alguém ter más intenções ou minha interpretação for de alguma forma negativa em relação à ela. Repito, detesto estar certa. Chego a ficar torcendo pra estar enganada, pois se eu estiver significa que as pessoas são melhores do que esperava delas, e assim por diante.

Além de perceber intenções suspeitas de alguns, tenho também essa "maldição" de sentir quando algo está para acontecer. Geralmente não sei o que será, nem se é bom ou ruim, mas sempre é algo significativo pra mim. Fico inquieta, respiro mil vezes, o ar não é suficiente nunca. Sinto um aperto, ando de um lado pro outro. Às vezes como muito, outras vezes nada. Por fim, algo realmente acontece, bom ou ruim.

Sou daquelas pessoas que gostam de dizer o que pensa, doendo a quem doer. Sou muito transparente. Estou aprendendo a não dar minha opinião e a ser falsa. A vida requer isso da gente. Quando algo me incomoda, bato pé, fecho a cara, é inevitável, talvez eu não seja tão boa atriz assim, pois quando sinto alguma coisa, é muito difícil conseguir esconder. Acho que porisso fico tão abalada quando algo está para acontecer, não vejo outra explicação pra esse pressentimento, as coisas me afetam de uma maneira quase cruel.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Recomeço

Escrevo oito míseros textos em um ano de doze meses e de repente sinto a necessidade de postar dois textos em um só dia. Pior que isso, escrever ambos em um só dia, talvez até em uma só hora. Brinquei inúmeras vezes com minha falta de inspiração. Pensava que inspiração era tolice pois eu só precisava de uma frase, ou de uma palavra que já saiam linhas e linhas reflexivas sobre o que quer que fosse. Mas isso foi antes, depois disso eu abria o bloco de notas, que é onde gosto de escrever, e ele ficava em branco, pois nada passava na minha cabeça. Vivo feito uma boba, sempre cheia de dúvidas. Graças a Deus, isso não poderia ser diferente, não pra mim que questiono desde a cor que escolhemos do canudinho até a existência do universo.

Esse talvez seja o texto mais pessoal que escrevi aqui. Odeio falar sobre mim mesma apesar de que deixo transparecer muito de mim na minha maneira impessoal de escrever e argumentar. Tenho mania de entrar no msn offline só pra observar as pessoas online. Fazia tempo que não fazia isso. Hoje eu fiz. Tá, vai ver é porque estou de férias e não tenho absolutamente NADA pra fazer. Mas de qualquer forma isso me fez parar pra pensar e acho que isso pode significar a volta dos meus momentos reflexivos, ou a bendita inspiração. Reflexão vem sempre quando tento desvendar algo que desconheço ou que me intriga. Fine, estou intrigada, e bastante. Rodeada de questões sem respostas. Não, não vou falar sobre elas aqui, admitir estar com um nó nos pensamentos pra mim já é um grande passo.

Faço deste post um recomeço, onde retomarei o costume de fazer meus desabafos impessoais, reflexões complexas, ou simplesmente pra vomitar minhas opiniões sobre coisas de muita ou pouca importância. Devo estar devendo algo à alguém por isso, não sei ao certo, mas agradecerei em breve se for o caso, ou se, no caso, eu desenrolar a questão relacionada a seja lá quem for que me intriga. Não descarto a possibilidade de loguinho me desinteressar pelo novo "mistério" e largar novamente a vida de pensante questionadora. Pra falar a verdade isso é bem comum pra mim, mas ao mesmo tempo penso que só de me dar ao trabalho de vir aqui citar dessa vez, já me faz acreditar que posso demorar um tempo indefinido nessa nova análise. E assim espero.

DOIS MIL E ONZE

De 2010 só levo o que me trouxe de bom, e cheia de certeza disso porque o que havia de ruim e de atrasado sendo levado comigo foi deixado pra trás. Me meti em situações complicadas, as mais complicadas da minha vida inteira arrisco em dizer, mas saí delas de cabeça erguida e com a razão que não me falta nem nos momentos de menor lucidez. Me sinto saltitando ao invés de caminhar, tudo está nos eixos de uma forma ou de outra.

Quando esperei 2010 pensei em recomeço pois entraria na faculdade e começaria a estagiar, certo isso aconteceu, e foi de uma forma deliciosa. Sei que no fundo o que me amedrontava era sem dúvidas perder contato com meus amigos, os amores da minha vida. Mas que bela tola eu fui ao pensar que os perderia de vista. Quem ama, quer por perto, e quando é recíproco um cede alí outro cá, e por fim a gente faz uma cadeira junto na faculdade, organiza encontros, churrascos ou baladas excessivas, e de forma alguma perde o contato. Esse ano serviu pra solidificar a certeza de que sempre os terei por perto.

O ano trouxe experiências novas, e pra mim novas reflexões pois de tudo que é novo faço uma análise. Sim sempre a minha mania de auto análise, julgamento pessoal e alheio, combinada com a vontade de resolver a vida de todo mundo me fez ir adiante nessa interminável busca de entendimento de personalidades. Conheci um novo grupo de pessoas até antes desconhecida: colegas de trabalho, e que espécie diferenciada num primeiro momento. Tentei fazer a tremenda bobagem de tentar descobrir como deve ser o tratamento de pessoas que trabalham comigo, uma piada eu sei, por fim os trouxe todos para perto pra também poder chamá-los de amigos.

Foi um ano bom, um ano diferente, mas até hoje, o que na reflexão de fim de ano, mais me deixou tranquilizada quanto a receber o próximo ano. Sinto 2011 totalmente planejado, e é exatamente isso, ter planos, que me dá confiança. Sei também que planos são só planos, que logo terei que tirar um plano B ou C da manga, porque tudo na vida é imprevisto, de repente nos deparamos com o novo e temos que nos adaptar. Quero isso também pra 2011. É o medo que instiga. Sempre falo de feeling, de ser uma freaking sensitiva e espero não estar errada pois sinto que 2011 vai ser O ano. Não me pergunte o porquê pois não tenho uma justificativa, apenas sinto. E desejo paz e amor pro mundo.