segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Something Stupid



Uma dose de tequila e já não dói tanto assim. Uma volta na multidão, três puxões no braço, mas ninguém que me faça querer ficar. Sento no mesmo lugar onde te vi pela primeira vez na tentativa de, quem sabe, voltar no tempo e te ver chegando de cabelo raspado e um sorriso debochado. Como na primeira vez.

Acordo dos meus devaneios e observo as garotas se divertindo com meia duzia de cervejas em garrafas verdes. Sinto sede. "Uma caipirinha bem forte, por favor." "Vodka nacional ou importada moça?" "Faz de absinto!" Absinto tem SINTO na palavra, preciso sentir alguma coisa diferente hoje, quem sabe.

Minha garganta queima com o primeiro gole e o cheiro me carrega dali. Os sofás não estão mais nos lugares de antigamente. Nada mais é como antigamente. Tudo está amplo demais sem sua presença ocupando todos os lugares e me espremendo cercada e desamparada num canto qualquer. Mais alguns goles sentada sentindo nostalgia. Pra que eu comecei a beber afinal?

Um sorriso tímido e apesar do letreiro na minha testa dizer em letras garrafais e faiscantes "HOJE NÃO" um destemido tentou elogiar Carly Rae Jepsen na intenção de nos aproximar, mas eu, diferente da maioria das garotas ali, nem gosto muito da música dela. Ele me olha intrigado e parece perceber que estou observando por tempo demais a porta. Sem saber que anseio tanto para que você entre por ela e me resgate daquelas pessoas, daquelas músicas, daquele lugar.

Eu lembro de você reclamando desse lugar, como eu reclamava antigamente quando esquecia que foi exatamente onde te conheci. Agora foi você quem esqueceu, e aqui não volta mais. Eu dou oi pra um grupo de amigos sorridentes e tento relaxar. Esvazio o que resta no copo em um só gole e desejo mentalmente estar sentada enquanto meu rosto pega fogo. Puxa, insistem em tocar Carly Rae Jepsen nesse lugar.

O pub está mais calmo, e os casais começam a formar duplas para dançar a música nova do Thiaguinho. Lembrei de quando eu odiava pagode e você insistia em tentar me ensinar enquanto eu, desajeitada, pisava nos teus pés. Desejo tão forte te ver ali me salvando daquelas músicas que falam de coração partido. Levanto de supetão com uma súbita vontade de sair dali o mais rápido possível.

Fiquei momentaneamente tonta, deveria ser a bebida finalmente fazendo efeito. Mas enquanto me equilibrava novamente no salto 15, o aglomerado de pessoas na minha frente se moveu abrindo caminho pra pessoa que eu mais ansiei ver durante a noite inteira aparecer. Tá legal, eu bebi demais, eu sei. A fada verde me pegou. Descrente eu fechei os olhos e contei até 3 pausadamente, e pra minha surpresa quando abri os olhos, você estava ali com a testa franzida, visivelmente preocupado. Eu não conseguia dizer absolutamente nada enquanto gostaria de poder te dizer tudo.

Você segurou a minha mão, como quem segura todas as minhas falhas e defeitos e me ajuda a carregar. Eu fazia força pra minha lucidez voltar. Queria gravar esse momento na minha memória pra sempre. Eu queria conseguir perceber seus gestos e olhares com a perspicácia que normalmente tenho, e me frustava em confusão. Só conseguia rir feito idiota lembrando do dia em que você se comparou com o Ashton Kutcher. Bobo. Realmente, ele não tem teus olhos.

Você abre caminho entre as pessoas de faces distorcidas com admirável facilidade, mas não consigo saber pra onde você está nos levando. Apenas consigo sentir essas ondas elétricas que surgem das pontas dos teus dedos e seguem caminho por todas partes do meu corpo e explodem no meu peito. Sentamos instintivamente lado a lado e você finalmente fala "Quer uma água? Vou lá pegar." levanta e eu sinto que vou te perder de novo, eu cansei de te perder. Mas permaneço ali, imóvel, te seguindo com os olhos até o bar enquanto você fala sorrindo com uma pessoa qualquer dentre todas pessoas quaisquer que habitavam aquele lugar.

Você voltou dizendo meu nome e eu fechei os olhos porque doeu ouvir tua voz de novo. Aquela dor boa que enche e esvazia o peito em um milésimo de segundo e fica entalada na garganta, mas consegui sorrir agradecendo enquanto aceitava a garrafa. Eu sentia como se todas as coisas no mundo voltassem a fazer sentido, sabe, a festa e todo o resto. Eu queria levantar dali e sentir novamente como é ter a certeza de que se está fazendo a coisa certa, com a pessoa certa. Mas tudo que estava certo estava ali, parado exatamente do meu lado.

Então comecei a te olhar com a admiração que só tenho por você mas você se assusta com minha seriedade repentina e pede pra eu explicar o que estava acontecendo, porque eu havia bebido tanto, quem estava ali comigo... E sua voz gradativamente diminuía e se afastava enquanto eu observava de perto sua boca pronunciando essas frases que, pra mim, não tinham a menor importância. Foi quando eu te interrompi de supetão e disse qualquer coisa estúpida como "eu te amo".

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Distante


De verdade é quando, do nada, nosso olhar se encontra e a gente se reconhece. De outra vida ou sei lá! De verdade é quando assim, de cara, que a gente passa a se gostar. E sem se importar se existe qualquer distância pra atrapalhar.

Quem foi que disse que pra uma amizade ser sincera é preciso o toque das mãos? O que interessa é a intensidade que se sente. O que importa é que de certa forma, um entende o outro, mesmo longe. Conhece seus problemas e mesmo que muitas vezes não possa ajudar, faz o que pode. Uma mensagem, uma ligação, tem coisas que ultrapassam qualquer distância.

Quando é sincera e de verdade, pra amizade permanecer por anos, distância não é desculpa, muito menos um obstáculo. A saudade nos faz desejar em oração o bem do outro. Faz vibrar, mesmo que em silêncio, com as conquistas do outro. Distância não impede de um sentimento nascer, muito menos de permanecer.

sábado, 11 de agosto de 2012

Ciúmes de tudo que eu acho que deveria ser meu é pouco!



Se você soubesse o quanto queria te ter só pra mim. Exatamente como uma criança, que espera ansiosamente pelo Natal, pra então ganhar seu Xbox e, finalmente ser feliz, sem precisar fingir que seu Super Nintendo a satisfaz.

As vezes eu penso que Papai Noel me castiga por não ser boazinha, vai saber? Mas cadê aquela piedade pelas criancinhas que mesmo prometendo que vão largar continuam chupando o bico, choram de medo do bom velhinho e mesmo assim ganham seus presente na noite feliz?

Tá fácil pra ninguém não, me chamam de criança mal educada. Nem ligo. Me observa quando chegar dezembro e seus ares de verão. Espera as luzinhas invadirem a cidade nas noites de vento quente. A criança arteira dentro de mim anda muito sem paciência pra esperar o barbudo achar que mereço meu presente. Finalmente vou fazer jus à minha fama e sem ninguém esperar vou roubar o presente de baixo da árvore! Quero ver quem vai dizer que não era pra ser meu ou que não mereço.

Não sei vocês, mas eu corro atrás do que eu quero, independente do que as pessoas acham que mereço. Afinal, quem é mesmo o cara que usa uma roupa vermelha ridícula, polo norte style, em pleno calor de 40ºC pra poder me julgar?

Injusto é eu continuar com essa vontade de você que nunca passa... E não ter! Mas enquanto isso, vou lá jogar um Super Mario World.

sábado, 28 de julho de 2012

Song #6

Dois beijos na face, e um abraço meio sem jeito
Agora tá tudo bem, eu tenho aço no peito
Quantas noites eu passei em claro te procurando
E você nem aí, só brincando.

de Seu Cuca, "Brincando comigo".

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Caixinha de surpresas



Eu não me canso de você. Por mais que tenha decorado suas expressões e suas falas, você consegue me surpreender. E eu te odeio tanto, mas só as vezes, antes de te amar mais.

Temo os anos quando penso que nossas lembranças possam ser esquecidas. Temo acabar sendo apenas passado quando o presente for muito mais vivo e convitativo aos teus olhos.

Olhos, seus olhos, não me canso jamais desses olhos. Estreitando-se para me encarar irônico em perfeita combinação com um meio sorriso. Piscando devagar enquanto os dentes mordem os lábios ansiosamente. E com toda certeza, o mais conhecido rolar de olhos e sorriso entregue, só pra me contrariar.

Eu guardo cada pedacinho seu em uma caixinha de música lá em cima do armário mais alto, num cantinho escondido, bem atrás de coisas que nunca uso.

Eu corro, vivo, choro, grito, sorrio e danço. Danço e lembro da música que eu gosto mais. Então caio, tropeço e me canso. Levanto um pouco sem fôlego, pego um banquinho e procuro lá atrás do armário o que me alegraria. Cada vez demoro mais pra achar, escondo cada vez melhor. Mas sempre encontro. Abro a caixa, e deixo aquela melodia invandir meus ouvidos. Sorrio, as vezes choro, e inconsequentemente escrevo.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Machismo?




Existe uma tênue linha que separa a mulher bem resolvida da mulher fácil. Polemizei né? Mas vamos esclarecer:
Existe aquela que gosta de sair, se divertir, farrear e é bem madura a ponto de saber se valorizar e não sair por aí com qualquer cara por pura falta de opção ou com aquela velha história de que não conseguem ser felizes sozinhas.

Mas tem também aquela mulher que sai pra se mostrar a loucona. Geralmente são aquelas que terminaram um relacionamento magoadas e querem mostrar que estão por cima. Então elas saem com diferentes caras na mesma semana, e fazem questão de divulgar isso nas fotos e posts de rede sociais.
Me corrijam homens se eu estiver enganada, mas qual tipo vocês preferem?

Me dou ao direito de falar sobre isso pois não é de hoje que me chamam de machista! Mas eu tenho sim uma visão masculina de enxergar as coisas e muitos amigos que me confidenciam experiências e opiniões.
É OFICIAL: Os homens não gostam de mulheres que já passaram pela mão de vários. Não é questão de ser santinha, chatinha ou qualquer inha. É apenas uma questão de valorização. E não estou falando de mulher pra uma noite, porque isso eles não escolhem muito não! Estou falando de mulheres pra algo mais sério - namorar - como muitas querem!

De tempo em tempo eu vejo mulheres do tipo fácil reclamando que ninguém as valoriza e que por isso vão esfregar na cara dos homens que se eles não querem, tem quem queira. E novamente se jogam na ilusão de que algum desses homens que elas saem por aí vai valorizá-las, e não considerá-las uma qualquer na vida deles.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Pouco e tanto.



Pra ela, estar com ele era como sentir uma paz absurda. Como atravessar uma avenida com carros velozes passando apenas como borrões de luzes e sentir como se pudesse atravessar tudo isso em câmera lenta, com passos suaves embalados pela música que saia da boca dele toda vez que ele pronunciava qualquer palavra indecifrável.

Era como estar mergulhando num mar tão profundo e agitado por ondas de sentidos vacilantes e furiosos e ainda assim sentir como se estivesse flutuando no azul dos olhos dele em um fim de tarde preguiçoso em que o único movimento executado era da grandeza do piscar preguiçoso dos seus olhos.

Era como se milhares de musicas tocassem ao mesmo tempo, em milhares de ritmos e acordes desencontrados. Era como estar imerso à uma fusão de sons e cores e temperaturas por todos lados mas só conseguir enxergar seu sorriso perfeito acompanhado da tímida maneira com que ele molha os lábios com a língua antes de falar.

Era como ir a um parque de diversões e se embalar tão rápido numa daquelas xícaras gigantes a ponto de não conseguir mais lembrar nem o próprio nome, e mesmo assim sentir como se estivesse dançando no ritmo gracioso de um carrossel, admitindo secretamente que seu próprio nome não tem mera importancia quando comparado ao sentimento que lhe invade e muitas vezes transborda pelos olhos toda vez que o vê.

Estar com ele era como tentar domesticar um tornado sem nunca ser bem sucedida. Em um momento ele chegava devastador e desenfreado. No próximo, manso, gentil e carinhoso feito brisa. Era como um frenesi de sensações que se chocam em oposição. E apesar da loucura que sua presença lhe passa, seu semblante sempre a acalmará.

sábado, 21 de abril de 2012

It will rain


E você me lembra a chuva, simplesmente porque ela é assim, passageira. Ora garoa, ora tempestade. É dificilmente prevista com exatidão. E não importa quanto tempo demore, uma hora ou outra inevitavelmente volta. Quando chega a hora, sempre volta.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Quer saber? Já foi!

Ela só queria que dessa vez estivesse pronta pra não gostar dele pela primeira vez na vida! Logo ela que, mesmo negando e tentando parecer enfadada, gostou dele desde o primeiro segundo em que ele sorriu pra ela. Dessa vez deseja que não precise projetar seus sentimentos em outra pessoa pra superá-lo. Quer, por ela, deixar que ele vá.

Dessa vez vai ser pra valer porque ela cansou de tentar descobrir porque ele sempre volta atrás. Todo mundo sabe que ele enjoa das outras garotas, que ele enxerga defeitos nelas sem que realmente sejam relevantes, só pra fugir. Mas todo mundo também sabe que ele foge delas, e de novo foge pra elas. E no fim, quando enjoa daquelas todas, ele volta sempre pra ela, só pra dizer que cansou de tudo. De novo.

Ela decidiu que na próxima vez que for inevitável seu encontro, irá sorrir ao vê-lo. Mas não pense que vai ser por finalmente matar a saudade, não! Vai ser por ter finalmente matado dentro dela esse sentimento que só a perturba e a impede de seguir em frente. Dessa vez, ela não vai pedir que ele vá ou fique, caso pense que ainda há volta, pois dessa vez decidiu. Não quer que ele vá. Pelo contrário! Quer que ele fique, pois dessa vez, quem vai é ela!

sábado, 4 de fevereiro de 2012

NUNCA MAIS


Acho que a gente teme a morte por achar que nunca mais. Nunca mais sentirá o pisar dos pés na areia, nunca mais o cheiro da nuca de quem se gosta, nunca mais o alívio do pisar no chão ao descalçar o sapato. Nunca mais o medo de nunca mais.

Qualquer abraço dado numa esquina qualquer pode ser justo antes de nunca mais. Qualquer dança despreocupada ou um olhar pro indiozinho na esquina atrás da janela do carro pode ser a ultima coisa antes de nunca mais acordar.

Abrace apertado, gire bem rápido de braços abertos e chore sem disfarçar o soluço. Viva cada chegada e despedida, sem medidas. Faça uma loucura, sorria pra um desconhecido na rua e brinque de adoleta com sua avó. Sinta os segundos antes de se tornarem anos. Mas tenha em mente que nunca mais vale só por essa vida.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

É você.


Eu já não volto pra casa porque o caminho é você. Sou tão sua, que tudo que sou é você. Meu riso irônico, meu descaso mesclado com meu jeito torto, tudo é você. Eu não me aguento mais sendo você, e ainda assim sinto sua falta e ligo só pra ouvir a sua voz. Dessa vez só preciso saber como você está. Ou ouvir você dizer "alô" do outro lado da linha enquanto me torno tão covarde a ponto de desligar o telefone sorrindo boba.

Talvez agora você não queira mais saber, mas tenho estado sozinha. Tenho procurado e tentado tirar você de mim, aos poucos, pois sei que ninguém jamais vai tomar o seu lugar. Mesmo esquecendo aos poucos teu rosto, hoje, quando eu fecho os olhos ainda é você. Se me concedessem apenas um desejo, ainda assim, hoje, seria você. Sempre foi você. Quando eu olho as estrelas e imagino se você por acaso também não as estaria encarando. Quando me descrevem e me conhecem melhor que eu mesma, ou dizem uma mentira sincera, é você.

Se não fossem por esses pequenos acasos que ainda nos unem aqui e ali, nós já não seriamos mais nada apesar de tudo. Dia e noite, tic e tac e eu ainda te levo onde quer que eu vá. Apesar de tudo, caso você me pedisse pra ficar, eu largaria todos os sonhos que carrego pra segurar na tua mão. Se me pedisse pra ficar, eu ficaria. Com você.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Devaneios

Pega minha mão e me carrega pra longe, pra onde eu possa esquecer o vazio que ocupa meu coração por inteiro. Preenche essa vontade de receber um abraço apertado que não sufoque e não incomode, apenas conforte. Deixa eu fazer pirraça querendo confusão, querendo que tu não faça sempre tudo que quero. Não faz assim, de cara, todas minhas vontades sem que eu realmente as queira. Me nega. Só pra eu achar que preciso merecer. Me ensina como faz pra esquecer aquela velha historia de odiar apaixonadamente. Me lembra de como a vida pode ser leve. Mas não me deixe esquecer que há certas coisas na vida que não há como evitar, elas acontecem. Só me tira daqui, pode ser? Preenche 1/1000 do meu vazio que por hoje basta.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Preferido


Passa ano e entra ano e aquele imbecil continua sendo meu favorito. É como se o acaso vivesse me pregando peças, pois sempre acabo encontrando diversas imitações fracassadas dele por aí.

David tem aquele mesmo jeito enérgico que ele, mas não consegue prender minha atenção numa conversa. De cara percebi que Heitor tem o mesmo signo, só pelo olhar apaixonado que ele depositou em mim desde que eu passei a ser um desafio, e isso me fez correr por milhas, embora quisesse ficar. Me trazia demasiadas recordações.

Logo depois topei com o Adriano. Esse tem o ascendente dele, logo, aquele jeito insistente de não desistir até conseguir o que quer. Maldito clone daquele cabeça dura! No fim sempre acaba conseguindo o que quer. Mas faltava aquele jeito, só dele, de exagerar a dor pra ganhar um carinho extra que simplesmente me desarma.

Eu canso de ser a preferida da mãe dele, e ele ser o preferido da minha mãe, das minhas amigas, das mães das minhas amigas, das vós das minhas amigas e, pelo visto, das mães e amigas e vós do mundo todo.

Eu detesto encontrar o Pablo - finalmente alguém que tem uma personalidade absolutamente diferente da dele - e perceber que só notei ele, porque ele é tão parecido fisicamente com meu favorito, que dá até pra suspeitar que os dois tenham sido separados na maternidade.

Encontro e desencontro incontáveis pedaços dele perdidos por aí. Ninguém jamais sendo completo pra mim como ele é. Uns tem o jeito de abraçar, mas não o jeito de caminhar. Uns tem o sorriso perturbador, mas não o olhar irônico. Uns são pouco, outros quase nada. O pouco de cada um somados são ele, e embora ele não seja como todos, ainda prefiro ele.

DOIS MIL E DOZE

Como é de praxe repasso mentalmente o ano que passou a cada troca de ano. E sempre acabo jogando expectativas no ano que está começando. Infelizmente esse ano não será diferente. A única mudança que vou procurar pra essa virada, será esquecer, de uma vez por todas, as pendências que venho trazendo dos anos anteriores. Pretendo apagar as coisas não superadas que acabam atrasando meu progresso.

2011 me ensinou muita coisa. Amadureci em diversos aspectos e me fiz criança quando necessário. Tenho meus arrependimentos, mas orgulho dos scores que obtive. Aprendi a conviver com altos e baixos, e principalmente com a ideia de que nem tudo é como desejamos!

Não quero nada pra 2012 que possa vir a me desapontar. Todo mundo sabe que expectativas borram maquiagens, então nada anseio pra não ter que conviver com o desejo mais forte que a razão. 2011 trouxe o inesperado sim. Me ensinou a improvisar como eu jamais precisei na vida.

A partir de agora será assim: o que passou, passou. E que venha o fim do mundo!

domingo, 1 de janeiro de 2012

Song #5

Então seguirei
Meu coração até o fim
Prá saber se é amor
Magoarei mesmo assim
Mesmo sem querer
Prá saber se é amor
Eu estarei mais feliz
Mesmo morrendo de dor!
Prá saber se é amor
Se é amor.

de Jota Quest, "Amor maior".